Pensou-se em criar um soneto pra ela
Correu-se aos livros buscando o saber
Leu-se a Ciência das ciências dela
Rogou-se aos anjos supremo poder
Colheu-se a brisa de um amanhecer
Sorveu-se a beleza de uma aquarela
Num céu de estrelas pegou-se a mais bela
Mas nada! Pois nada ousaram fazer
Então se pediu aos mares com fé
Que do arco-íres a sétima cor
Fosse conduzida à casa do amor
E de lá nos veio a mais linda flor
Que moldada à sorte de um bem-me-quer
Transformou-se em deus de nome mulher
Assim, o engenho que aos homens revela
Matando o soneto, deu vida a ela
Salvador Araújo
março/2010
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