Hoje eu parei para fazer a lista
Das tantas mulheres que amei na vida;
Pude me lembrar de cada conquista,
Desde a mais fugaz à mais dolorida.
Na aurora ingênua da infância querida,
Sonhos e estradas a perder de vista
Forjaram esta arte (nunca esquecida),
Que encanta apenas a seu próprio artista.
Venci meus moinhos a fio de espada,
A amar donzelas, desejando atrizes,
Enchendo de glórias meus dias felizes...
Vejo, só agora: não construí nada!
Nem sei se dei causa a sonhos também,
Se estou escrito na lista de alguém.
Ah!.. Que utopia!... Que tema obsoleto!
Amor de escravo não vale um soneto.
Teófilo Otoni-MG
abril/2020
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